Leia a nota na íntegra.
Se Déda é um fascista, a deputada Ana Lúcia
precisa romper imediatamente com o PT
Em entrevista ao programa Jornal da Tarde,
na segunda-feira, 28, a deputada estadual Ana Lúcia (PT) afirmou que nem
Hitler, o maior fascista que a história conheceu, tratou os educadores como o
atual governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT). Se Déda é fascista, a deputada
Ana Lúcia precisa romper imediatamente com o Partido dos Trabalhadores (PT). A
não aplicação do piso do magistério não é uma política individual do governador,
é uma política de governo e uma política do seu partido, o PT. Logo, a deputada
Ana Lúcia não pode viver nessa eterna contradição. As críticas não podem ficar
em discurso, precisam ser concretizadas em ações. E, a principal ação que a
deputada tem que tomar é romper com o PT. Esse partido está morto como
representante dos trabalhadores. Hoje, o PT é inimigo da classe trabalhadora.
A corrente política da deputada Ana Lúcia
dirige o Sindicato Estadual dos Professores (SINTESE). A categoria tem lutado
bravamente nos últimos anos contra o governador do PT. E Ana Lúcia, como parte
do comando dessa batalha, não pode estar hora na trincheira dos professores e hora
na trincheira de quem governa contra eles. Marcelo Déda, além de não cumprir a
Lei Nacional do Piso do Magistério, vem destruindo o plano de carreira dos
professores. As greves têm sido a arma dos trabalhadores da educação e somos
solidários a sua luta. Porém, o problema da categoria também está na direção de
quem conduz a greve e o sindicato. Os militantes do PT que dirigem o sindicato
têm um limite. São militantes do mesmo partido que o governador, ou seja, estão
juntos no mesmo projeto político do Estado como aquele que ataca a categoria. É
preciso romper com o PT, romper com o governo de Marcelo Déda, caso contrário,
a luta dos professores será derrotada.
Em outubro teremos eleições municipais. A
deputada Ana Lúcia vai subir no mesmo palanque com aqueles que massacram os
professores, que não cumprem com a Lei Nacional do Piso do Magistério, que
destroem com o plano de carreira dos trabalhadores em educação? Achamos que
isso é um erro. Ana Lúcia não pode mais pedir voto na legenda do PT, ao fazer
isso estará se contradizendo. Assim como os professores não podem votar em
nenhum candidato do PT, seja ele qual for, bem como também não podem votar na
direita oligárquica. Convidamos Ana Lúcia a subir no palanque com os lutadores.
Chamamos a construir a Frente de Esquerda com PSTU, PSOL e PCB. A deputada e
sua corrente política não podem colocar a vontade de eleger parlamentares pelo
PT à frente da luta e das necessidades dos trabalhadores, em especial dos
trabalhadores da educação.
Por último, o PSTU reafirma o convite feito
à deputada Ana Lúcia ano passado. Ana Lúcia tem uma história construída nas
lutas dos trabalhadores. O PT já não é mais seu lugar. O PT das lutas não
existe mais. É preciso construir uma nova alternativa para os trabalhadores, o
PSTU é parte desta luta. Estamos mais uma vez fazendo um chamado à deputada Ana
Lúcia e a sua corrente política. Venham ao PSTU. O nosso partido é pequeno, mas é inquestionavelmente de luta e está a serviço
exclusivamente dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre. Somos um
partido democrático e somos espaço que pode abrigar todos aqueles e aquelas que
lutam e teimam em sonhar e ousar construir uma sociedade justa, solidária e
socialista.
Aracaju, 31 de maio
de 2012.
Vera
Lúcia
Presidente Estadual do PSTU